segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

MATADOURO e COLETIVO DIRIGÍVEL apresentam “Dobradinhas”

São tantos os véus que colocam entre nós e as obras que dedicar a vida a rasga-los é talvez o grande esforço pedagógico do olhar. Contemplar a forma além de ver as aparências, compreender a essência além de reconhecer as fórmulas. Certas obras se revelam brilhantes pérolas na lama que julgávamos mais pútrida. É que, na maioria das vezes, são os nossos olhos que estão enlameados dos mais tolos preconceitos. O MATADOURO, em parceria com o Coletivo Dirigível, põe na mesa as “Dobradinhas”, que consistirá na exibição de um filme, uma pausa, uma conferência-relâmpago, e a exibição de mais um filme. Serão três Dobradinhas, cada uma delas expurgará um sub-gênero caro ao cinema desprezado.

Dia 08/02 – O Peplum (sandália-espada)
- The vikings, Richard Fleischer
- Hércules e a conquista de Atlântida, vittorio cottafavi.

Dia 15/02 – O Gore
- Antropophagus (Joe D’Amato)
- Pavor na Cidade dos Zumbis (Lucio Fulci)



Dia 22/02 – As Vampiras
- As fugitivas (Jean Rollin)
- Female vampire (Jesus Franco)

SERVIÇO:
Sábados, das 19 as 23h
Tv. Padre Prudêncio, 731 - Campina
ENTRADA FRANCA

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

MATADOURO: Sem Limites!



 Em "Thunder Road" (A lei da montanha - 1958), Lucas Doolin (Robert Mitchum) é um transportador de bebidas em plena lei seca que possui o talento de jamais ser pego. Doolin define em poucas palavras o palco de sua tragédia ao dizer a sua namorada: "Você está em um extremo e o Vale Rillow em outro. Eu me movo rapidamente entre um e outro. É a natureza do meu negócio.” Esse senso do inevitável que transforma a fuga constante em um estado natural, coloca "Thunder Road" como uma das obras seminais do cinema de perseguição.

 A maratona "Sem Limites!" apresenta três clássicos do cinema de perseguição da década de 70, um panorama da maturidade que o gênero vai atingir em filmes como: Vanishing Point (1971) de Richard C. Sarafian, onde o destino humano se revela em uma jornada sem rumo; ou mesmo Dirty Mary, Crazy Larry (1974) de John Hough, que deliberadamente funde o ranger dos dentes com o rugido do motor. Excitante e frenético, coração e motor; finalizando com Gone in 60 Seconds (1974) do artesão H.B. Halicki, dublê e diretor do filme que ficou lembrado por seus 40 minutos finais que registram quase 100 acidentes, a ode absoluta ao cinema de perseguição e seu virtuosismo.

Max Andreone (APJCC - 2013)

14h - Dirty Mary, Crazy Larry (1974)
16h - Vanishing Point (1971)
18h - Gone in 60 Seconds (1974)


09 de Novembro
Local : Escola de Música da UFPA
(Magalhães Barata n° 611 em frente ao Vilhena Alves)
Apartir das 14H
ENTRADA FRANCA

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

OFICINA DE FORMAÇÃO CINECLUBISTA NO ATELIER DE ARTES

MATADOURO E POTEMKIN apresentam

OFICINA DE FORMAÇÃO CINECLUBISTA


Não existe escola maior de cinema do que assistir as obras audiovisuais de seus realizadores. Um ano de estudo sobre o “neo-realismo”, sua importância histórica e analise dos seus conceitos filosóficos não valem mais que assistir aos 10 minutos finais de “Alemanha, Ano Zero”, de Roberto Rossellini. 
Nada substitui a relação do espectador com um autor e suas ideias enquanto forma. Pode-se decorar datas, saber responder a formulários de múltipla-escolha e até resolver questões subjetivas embasadas em tal ou qual referencial teórico, mas a RELAÇÃO ESTÉTICA – ou em outras palavras, o 'acontecimento erótico das almas na senda sagrada da eternidade' - é insubstituível e insuperável.
O cineclube é o apagar e o acender das luzes. No seu momento escuro seu intuito é cultivar esse tipo de relação, insistir sempre pra urgência desse contato. 
Mas também existe o acender. A outra viagem, depois da inconsciente. A que retorna, através da memória, ao filme, e que cutuca, com a vara da razão, as imagens. É o momento da comunhão da consciência; quando todos os espectadores – que em outro momento, uníssonos, olhavam a tela – agora se olham nos olhos, partilham olhares. É a movimento DIALÉTICO. 
Na prática cineclubista o que se busca é a instauração do espaço da aprendizagem, onde não existem hierarquias, mas troca de conhecimento. O filme como esfinge e o cinema como enigma revelam o percurso eterno dos peregrinos, que, em roda, desejando se descobrir, trocam impressões acerca dos mistérios partilhados. O cineclube é um produtor de imaginário, e, ademais, um estimulador do senso crítico. Receptivo e ativo, num movimento constante em busca de equilíbrio. 
Ele pode assumir várias funções: sociais, culturais, espirituais, políticas, científicas, pedagógicas, catárticas, profiláticas. Depende dos cineclubistas. 
Esta OFICINA DE FORMAÇÃO CINECLUBISTA tem como foco a criação do Cineclube do Curso de Cinema. O que será, só seus construtores poderão descobrir. Aguardamos todos os interessados para a obra... 

Ministrante: Mateus Moura
Produção: João Luciano e Arthur Alves


Local: Auditório do Atelier de Artes do Campus Guamá - UFPa

Programa:
Dia 12 (segunda-feira)
14h as 18h
- Apresentação da oficina e dos projetos (Matadouro e Navega)
- Discussão acerca da importância dos projetos de extensão para credibilização do curso institucionalmente 

- Reflexões sobre o cineclubismo e sobre que cineclube querem montar:

a – o que é um “cineclube”?
b – A importância em cada contexto
c – Os papéis do cineclubista
d – As funções do cineclube

-Os processos na prática cineclubista:

a – pré-produção (estudo, curadoria, comunicação)
b – produção (montagem técnica, condução de debate, apresentação de conceitos, registro)
c – pós-produção (divulgação do registro, construção da memória)

- Aula sobre a “montagem do circo” (estrutura)


Dia 13 (terça-feira)

14h as 18h
- Como montar uma cinemateca própria?
a – Discussão acerca da pirataria
b – A fraternidade cinefílica

- Montemos a programação:

a – Quais os critérios?
b – Que funções cada um assumirá?
c – Qual o espaço? Como conseguir a infra-estrutura necessária?
d – Quais as duvidas? 
e – Proposta para uma programação semestral

terça-feira, 9 de julho de 2013

O MATADOURO assina a Moção de apoio à greve estudantil da FAV-ICA

Universidade Federal do Pará – Faculdade de Artes Visuais

O CINECLUBE MATADOURO se solidariza com os estudantes dos cursos de Bacharelado em Cinema e Audiovisual e Bacharelado em Museologia da Universidade Federal do Pará que, em assembleias realizadas nos dias 03/07/2013 e 04/07/2013, deliberaram pelo estado de greve estudantil que movimenta estudantes de ambos os cursos.
A partir das reinvindicações levantadas pelo corpo discente, compreende-se a necessidade de levantar discussões acerca da real situação dos cursos de cinema e museologia da UFPa que, desde seu início, com o investimento do REUni (Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) perpassa por uma série de esperas e deficiências no que tange a estrutura de ensino.
Objetivando lutar por melhorias e esclarecimentos quanto às precariedades de ambos os cursos, juntamente com o corpo docente e os técnicos administrativos da faculdade, o corpo discente propõe a realização de atividades ligadas à arte que levem a um acordo entre reitoria e as demais partes já citadas, quanto à solução do atual quadro de ensino existente no Instituto de Ciências das Artes – ICA.
Oferecemos o compartilhamento de qualquer informação relevante no contexto da luta estudantil, a divulgação e o apoio nas atividades de greve a serem estabelecidas. Nos comprometemos, desta forma, a atuar nas manifestações junto aos corpos discente, docente e aos técnicos administrativos em busca da qualidade do ensino.



Moção de apoio à greve estudantil da FAV-ICA
09 de Julho de 2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

1ª MOSTRA MATA D'OURO DE REALIZADORES INDEPENDENTES

1ª MOSTRA MATA D’OURO DE REALIZADORES INDEPENDENTES     

Há muitos e muitos anos, na velha Europa, o jovem Jean Luc Godard entrevistou o ancião Fritz Lang. A sombra e o farol. Uma luz a acender, a outra a apagar. 

O documentário “Le dinosaure et le Bébé” (61 minutos) é um diálogo entre tempos.
E o cinema é a arte dos tempos... reza a lenda também que é a arte da síntese. 
A 1ª Mostra Mata D’Ouro de Realizadores Independentes quer traduzir esta síntese.
Nestes tempos e nestas redes, de embalar e de pescar, o projeto Matadouro completa 1 ano de atividades no espaço da UFPa e o Cineclube Amazonas Douro completa 10 anos de estradas e ruas. 
Dois tempos dialogáveis pela via das imagens das obras que projetam e sobre as quais refletem sem vergonha de pensar - entre si, de forma estilhaçada, fragmentária, justaposta.
Assim como o documentário de Godard - que contém excertos de “M - o vampiro de Dusseldorf” (de F. Lang) e “O Desprezo” (de Godard) -, as imagens - na história amazônida - não são pertenças das cronologias. 
Elas se desprendem dos imaginários, explodem nos processos criativos da solidária cultura digital. Com os velhos, os seus conhecimentos tradicionais e as juventudes pós-modernas. As academias e os pajés. As ciências e as mandingas. Tempos de ser. E são. Enredados.
Sob estes princípios, os espíritos cineclubistas do Matadouro e do Amazonas Douro convocam diferentes gerações de realizadores para que estes traduzam a sua produção e dialoguem sobre os caminhos e as sendas do cinema de nossos rios e florestas.
O foco é o cinema independente. 

A liturgia celebra o encontro da cidade com a sua cultura, entre gerações e olhares, entre práticas e seus rastros.

Em duas noites, na Capela da UFPa, nenhuma pergunta se calará sobre o que se produz e se produziu por essas bandas, em diversos formatos de produção e linguagem.
Se é o ouro que buscamos, que sejamos alquimistas ao invés de garimpeiros, cultivemos a comunidade ao invés da competição e a verdade antes do museu. 
Dediquemos olhares à construção de nossa própria Imagem.

1ª MOSTRA MATA D’OURO DE REALIZADORES INDEPENDENTES

27 e 28 de Fevereiro - Capela da UFPa - 18H30 ÀS 21h30

PROGRAMA:

27 de Fevereiro de 2013

ICARO GAYA Vivendo em casa 18’
VICENTE CECIM Matadouro 16’ / Fonte dos que dormem 30’
MATEUS MOURA Prólogo 13’ / O meu é especial 13’
MARCIO BARRADAS O rebanho 9’/ Coração Roxo 15’
Dia 28 de Fevereiro de 2013

RODOLFO MENDONÇA Cronos 1’ / Do amor 5’
EVANDRO MEDEIROS Araguaia Campo Sagrado 51’
FRANCISCO WEYL Anais 9’ / Chapéu do Metafísico 13’
MARCELO MARAT Necronomicon 11’ / Puzzle 18